segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Confusão poética

Mordem-se os lábios, ardência da pele
Mais que desejo é a fúria dos corpos
na busca de unir as energias mais vitais.
Meus lábios presos no teu seio
as tuas mãos rasgando minhas roupas.

Acordar num sonho de sol,
sua tarde de suor,
suas cores numa aquarela confusa,
minhas máscaras lambidas pela tua língua.

Girando num carrossel de ilusão
a mente já não comanda o corpo
o corpo obedece sua fúria vital
desfalece numa prazer inalterado e passageiro.

Tremor dos músculos, pele sensível,
boca arrebentada, cabelos entre os dedos.
A mente ainda confusa busca apoio na solideis,
dos gestos desordenados.
Sobram os olhares desencontrados,
as mãos sem destinos, a provocação em outros corpos.

Se faz preciso uma fuga para o fundo de si
para reconstrução de uma suposta integridade.

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